Estudantes de medicina da Universidade Federal de Pernambuco farão o enterro simbólico na manhã desta sexta-feira (3/8) das políticas de educação e saúde do governo Dilma. Eles estão sendo prejudicados com a greve de professores e servidores que se arrasta há mais 70 dias e criticam a inabilidade do governo. Às 10h, eles se concentrarão na Praça do Derby, no Recife, às margens da Avenida Agamenon Magalhães. De lá, darão uma volta no entorno da praça, seguindo em direção ao Memorial de Medicina. Vestirão preto, porque se sentem de luto. Marcela Vieira Freire, coordenadora geral da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina e aluna da UFPE, conta que a organização do ato nasceu na turma do nono período, que atrasa o ingresso no internato (parte prática) em razão da ausência de um acordo entre governo e grevistas. Mas a manifestação deve agregar demais estudantes do curso, de outras áreas e outras instituições. Uma representação de alunos da Univasf, de Petrolina, também prejudicados com a greve, deve participar. “Vamos manifestar nossa indignação com a forma de tratamento dada pelo governo às áreas da saúde e educação, ao subfinanciamento dos dois setores”, explica. O ato também é um apoio declarado à greve. “Para a população entender que professores e servidores não são os culpados por essa situação”, acrescenta a estudante, que convoca todos os universitários a entrar na luta.
