A indefinição sobre reajuste salarial e a ausência de melhorias nas condições de trabalho levaram os médicos da rede municipal de Paulista a aprovar o início de um movimento paredista. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE) on-line realizada na noite desta terça-feira (25/11), convocada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe).

O encontro foi conduzido pelo diretor do Simepe, Rodrigo Rosas, e contou com a participação de profissionais da rede municipal, integrantes da diretoria da entidade e do advogado da Defensoria Médica (DFM), Ricardo Santos. Durante a reunião, Rosas fez um histórico das tentativas de negociação com a Secretaria Municipal de Saúde, ressaltando que a gestão havia se comprometido a apresentar uma proposta oficial de reajuste, o que não ocorreu. Segundo ele, mesmo após novas tentativas de contato, não houve retorno por parte do município. Com o impasse, a categoria deliberou pelo início do movimento paredista dentro das próximas duas semanas.

Durante a assembleia, médicos que atuam em ambulatórios, PSFs e no Samu relataram problemas recorrentes nas unidades de saúde, como falta de manutenção de equipamentos, escassez de insumos e condições inadequadas de trabalho. Os profissionais também cobraram mais atenção e respeito por parte da gestão municipal.

O Simepe reitera que permanece aberto ao diálogo e aguarda um posicionamento oficial da Secretaria de Saúde do Paulista. A entidade destacou que o objetivo é evitar prejuízos à população e garantir condições dignas de trabalho aos médicos da rede municipal.