Profissionais estavam em greve desde o dia 21 de setembro e terminaram a paralisação durante assembleia nesta quarta (21). Eles voltam ao trabalho na quinta (22).
Após 61 dias em greve, os médicos da rede municipal do Recife decidiram encerrar a paralisação. A decisão foi tomada durante assembleia geral realizada com a categoria, na tarde desta quarta-feira (21), na sede do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), no Centro da cidade. Os profissionais voltam ao trabalho na quinta-feira (22).
A greve começou no dia 21 de setembro e, desde então, a categoria paralisou as atividades, afetando a realização de consultas e exames nos ambulatórios e os serviços nos 121 postos do Programa Saúde da Família (PSF). Os atendimentos nas emergências e maternidades não foram prejudicados pelo movimento.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Recife informou que “a Diretoria Executiva de Regulação vai reagendar as consultas para especialistas, conforme prioridade, canceladas em decorrência do movimento”.
Segundo a pasta, os pacientes afetados devem aguardar contato por telefone ou via mensagem de texto e, para quem não tem o cadastro atualizado, é preciso procurar sua unidade de referência para informar o novo telefone.
Para outros esclarecimentos, a prefeitura disponibiliza o número 0800.081.0040. A ligação é gratuita. Para remarcar as consultas com generalistas, nas Unidades de Saúde da Família, os pacientes devem procurar sua unidade de referência.
Insegurança
Uma das diretoras do Simepe, a médica Fátima Campos afirmou que a prefeitura do Recife sinalizou a melhoria dos pontos requeridos pela categoria. “Nossa principal reivindicação era a questão da segurança, porque nós e a comunidade em que trabalhamos ficamos reféns da violência. A prefeitura disse que vai implantar um projeto de assistência e proteção às unidades”, contou.
No dia 5 de novembro, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) determinou a suspensão da atuação de médicos nas Unidades de Saúde da Família (USFs) Alto dos Milagres, na Cohab, e Pantanal/Professor Fernandes Figueira, no Ibura, ambas na Zona Sul do Recife. A interdição ética ocorreu devido à insegurança.
Sobre a questão salarial, Fátima explica que alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos. “Teremos um aumento plurianual, mas os valores ainda não foram especificados. A questão da estrutura e falta de medicamentos e insumos também vai ser melhorada”, complementou.
Sobre a queixa dos profissionais, a prefeitura informou que “reitera o seu compromisso com o diálogo com os servidores municipais e afirma que tem trabalhado para a melhoria das condições de trabalho e atendimento”.
Fonte: G1