A categoria decidiu, por unanimidade e em votação colegiada, pela provável paralisação do serviço de ortopedia dos hospitais filantrópicos e de retaguarda do Estado, a partir do dia 30 de abril, caso as negociações não avancem
Após a apresentação de dados e bastante debate na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada pelo Sindicato dos médicos de Pernambuco (Simepe), os médicos ortopedistas que atendem nos hospitais filantrópicos e hospitais de retaguarda conveniados a Rede Estadual de Saúde, aprovaram a proposta de possibilidade de paralisação dos atendimentos, caso as negociações para solucionar problemas enfrentados pelos profissionais não avancem. Com participação expressiva na AGE, os médicos alegaram que seus vencimentos estão aquém do que deveria ser pagos, visto que o grupo realiza, hoje, um montante de mais de mais de 1 mil cirurgias ao mês.
Representaram o Simepe nesta AGE o presidente da entidade sindical, Walber Steffano, a secretária-geral do Simepe, Claudia Beatriz, e o diretor de relações institucionais, Tadeu Calheiros.
De acordo com o presidente do Simepe, Walber Steffano, é preciso que o problema seja resolvido com o máximo de agilidade possível, evitando assim o travamento dessas cirurgias e, consequentemente, a superlotação das emergências de toda a rede. “Os colegas discutiram pontos muito importantes e assim pudemos chegar a conclusão de que seus vencimentos estão extremamente defasados. Precisamos rever esse quadro e iniciarmos, urgentemente, as medidas de solução para os problemas. Reconhecemos os esforços dos colegas em seus postos de trabalho e queremos que a população tenha a assistência adequada”, pontuou Walber Steffano.
O Simepe encaminhou a demanda dos ortopedistas para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e as diretorias de todos os hospitais envolvidos nessa pauta e seguirá atento cobrando as soluções imediatas que atendam pleito da categoria.
