Inflação cai e registra menor valor para junho

A inflação desacelerou de maio para junho, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE. Segundo o IPCA15, considerado uma prévia da inflação oficial, o índice fechou em 0,4%, o menor resultado para o período desde 2013. No acumulado por trimestre, o IPCA ficou em 1,78%, também abaixo da taxa de 2,68% registrada em igual período de 2015 e, no primeiro semestre do ano, o resultado foi de 4,62%, menor se comparado aos 6,28% registrados no mesmo período do ano anterior. Em Recife, o IPCA-15 ficou em 0,68%, menor do que os 0,72% no mês de maio. A alta refletiu, principalmente, o reajuste de 11,66%na conta de energia elétrica.

Apesar da queda significativa do IPCA-15, de maio para junho, seis das cinco regiões metropolitanas e municípios envolvidos na pesquisa apresentaram taxas superiores à média global do mês de 0,40%. Considerando os últimos 12 meses, o índice desceu de 9,62%, nos 12 meses encerrados em maio, para 8,98%. Vale lembrar que, apesar da perda de fôlego, a inflação já superou o centro da meta oficial, de 4,5%. De acordo com o instituto, entre os seis grupos de produtos e serviços que fecharam junho em queda frente a maio, pressionando os índices para baixo estão os segmentos de saúde e cuidados pessoais, que inclui remédios, cujo resultado caiu de 2,54% para 1,03%; alimentação e bebidas (1,03% para 0,35%); e transportes que, depois de já ter fechado maio com deflação de 0,18%, voltou a registrar queda de 0,69%, em junho. Neste caso, o principal motivo para o resultado foi o etanol, que ficou 6,60% mais barato, influenciando o recuo no preço da gasolina, cujo litro teve uma baixa de 1,19%.

Para o professor de economia da Faculdade dos Guararapes (FG), Roberto Ferreira, a desaceleração dos preços entre os meses de junho e julho já era aguardada. Segundo ele, nesse período, os comerciantes não costumam realizar ajustes de preços. “Em agosto já poderemos ver a taxa subir novamente, um reflexo da expectativa inflacionária – uma forma de antecipar os custos futuros”. Um exemplo prático disso acontece quando é anunciado reajuste no salário mínimo. “Nos meses seguintes, os empresários começavam a repassar aumentos aos consumidores, antecipando a alta do mínimo, que impacta nos custos”, explicou, prevendo que a inflação deve fechar o ano em 8%.

Fonte: Folha de Pernambuco

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