Após o Sindicato dos Médicos do Ceará oficiar a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) e a Direção do Hospital Nossa Senhora da Conceição, no último dia 23, requerendo esclarecimentos e providências acerca da denúncia sobre a falta de médicos obstetras e neonatologistas para atender a demanda da população no referido hospital, representantes da administração pública receberam, nesta quinta-feira (30), o presidente do Sindicato, Dr. Edmar Fernandes, para tratar sobre essa reivindicação. No entanto, na ocasião, a gestão não apresentou nenhuma sugestão para solucionar a problemática, adiando a discussão com a deliberação de uma nova reunião, agendada para o dia 13 de setembro (quinta-feira), às 19h30, na sede da Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia (SOCEGO).
Estiveram presentes, além do presidente do Sindicato, o diretor de Gestão da Rede Hospitalar da Prefeitura de Fortaleza Romel Araújo; a Secretária Adjunta da SMS Ana Estela; a diretora técnica do Hospital Nossa Senhora da Conceição Liliane Moraes; e o médico Dr. Jader Carvalho, representante da SOCEGO.
A situação atual do setor de obstetrícia do hospital vem afetando tanto os médicos, que estão sobrecarregados com a grande demanda, atualmente, em torno de 1.333 atendimentos, como as gestantes, que fazem busca ativa na emergência e, muitas vezes, têm que voltar para casa por não ter obstetras de plantão.
Para Dr. Edmar Fernandes, a postergação em solucionar a demanda solicitada, com a nova reunião, só prolonga o sofrimento dos médicos e da população. “Espero que neste novo encontro, a gestão apresente alguma solução emergencial para esta preocupante situação, que vem penalizando obstetras e pacientes. Nós já apresentamos sugestões, como a realização de concurso público, com salários dignos, e ainda o redimensionamento da quantidade de obstetras para a nova realidade do hospital, mas a gestão ainda não se mostrou interessada em acatar essas pautas”, destaca.
Entenda o caso
O problema da redução de obstetras no Hospital Nossa Senhora da Conceição ocorre depois da ampliação da estrutura da unidade de saúde, no dia 15 de junho de 2018, que aumentou consideravelmente a demanda, contudo, o número de médicos obstetras se manteve o mesmo, deixando parte da população desassistida, resultando, inclusive, no fechamento da emergência em algumas ocasiões.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec)
 
											 
								 
								 
													


