Escolhidas para serem pontos de referência no tratamento da Covid-19 no Recife, as policlínicas Professor Barros Lima, em Casa Amarela, e Amaury Coutinho, na Campina do Barreto, podem sofrer interdição ético-profissional nos próximos dias. A situação ocorre após a elaboração de um relatório completo com várias queixas registradas no hotsite www.simepe.org.br/covid19 e de visita feita, no domingo (03/05), pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco à Unidade Provisória de Isolamento (UPI), montada na Barros Lima, oportunidade na qual foram encontradas várias irregularidades – de pronto denunciadas ao Conselho Regional de Medicina (Cremepe).
A autarquia federal fiscalizou as duas unidades nesta quinta-feira (07/05) e deu um prazo de 48 horas, a partir da chegada de notificação, para a Secretaria Municipal de Saúde estruturar de forma adequada as escalas de médicos, de acordo com a demanda de assistência nas unidades. Conforme a queixa do Simepe, foi constatado que a equipe de plantão da Barros Lima que recebe pacientes no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) é a mesma que está na linha de frente ao enfrentamento da Covid-19, quando deveriam ser exclusivas de cada setor. Neste contexto, os médicos acabam sendo lotados para um setor e prejudicando a assistência do outro.
De acordo com o Cremepe, tal situação também se repete na policlínica Amaury Coutinho, entre outras irregularidades identificadas. Por isso, as duas unidades terão de ter as escalas completadas dentro do prazo estipulado pela autarquia, que entregará notificação nesta sexta-feira (09/05). Caso a medida seja descumprida, os dois complexos sofrerão a interdição ético-profissional parte do Conselho.
Vale destacar que a UPI da Barros Lima está sem funcionamento, depois que uma pane elétrica provocou a evacuação de todos os pacientes e equipes. Por isso, o Cremepe informa que vai condicionar a reabertura mediante escala completa para o atendimento na unidade.



