Arraial inclui portadores de deficiência

Mais de dez mil pessoas participaram ontem do Arraial dos Direitos Humanos, no Chevrolet Hall, em Olinda. Entre elas, membros de 180 grupos de convivência de idosos e 15 instituições de pessoas com deficiência. O festejo foi resultado da unificação de dois arraiais tradicionais promovidos pela Prefeitura do Recife, o da Pessoa Idosa e o da Pessoa com Deficiência. No palco, a banda Tangará e o grupo de convivência Sereias Teimosas, de Brasília Teimosa. Dentre os mais animados para a festa estava o grupo da Associação das Pessoas com Deficiência de Abreu e Lima (Assepe), que organizou a quadrilha junina “Vencendo Desafios”. Ricardo Junior, 15, diagnosticado com paralisia cerebral desde o nascimento, por exemplo, estava acompanhado da sua mãe, Sônia Maria de Holanda, 50. Para ela, o evento é de extrema importância pela visibilidade e a inclusão social do público deficiente. “Meu filho adora isso aqui, ele faz questão de participar. O melhor é que levanta a autoestima dele”. Com uma disposição de deixar muito jovem no chinelo, a integrante da “melhor idade”, Elfa Marques da Silva, 75, contou que já esteve em Caruaru e que todo ano usa um vestido de noiva diferente, exclusivo para a festa. “Eu mesma faço os meus vestidos. Criei 13 filhos com a minha costura”. Dos 13 filhos de Dona Elfa, cinco morreram, mas nada tira o sorriso do seu semblante. Ela é presidente do Centro dos Idosos de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, lugar que reúne, semanalmente, cerca de 90 idosos, em função da prática da arte terapia.

Fonte: Folha de Pernambuco

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