Pernambuco conseguiu reduzir em 27% a quantidade de municípios com risco de surto de arboviroses. O terceiro ciclo do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) mostrou que agora o estado tem 66 cidades nessa situação, contra 91 do ciclo anterior. A quantidade de localidades com situação satisfatória também aumentou, e aquelas em situação de alerta subiram de 77 para 85. Os dados, divulgados ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), podem ser um indicativo de resultado das políticas de controle dos focos do mosquito vetor da dengue, zika e chikungunya, reforçadas desde o fim do ano passado, quando evidenciado o surto de síndrome congênita do zika.

O LIRAa mede o índice de infestação dos imóveis pelo mosquito Aedes aegypti, com isso é possível identificar a localidade com maior risco de transmissão das arboviroses. Em Pernambuco, os municípios em situação de surto se concentram, principalmente, na região do Sertão do Pajeú e do Araripe, e nas regiões da Zona da Mata Norte e do Agreste. Até o momento, 12 municípios não informaram o resultado do 3º LIRAa (Belém de Maria, Buenos Aires, Chã Grande, Cumaru, Igarassu, Inajá, Itaíba, Lajedo, Orobó, Palmeirina, Tacaratu e Vitória de Santo Antão).

Pernambuco tem cerca de 120 mil notificações de arboviroses em 2016, das quais 77 mil são de dengue, 32 mil de chikungunya e 10 mil de zika. O número de registro segue crescendo a cada boletim.

Dos casos confirmados, 16 mil são de dengue, 23 de zika e 7,4 mil de chikungunya. O estado tem ainda 233 óbitos notificados, dos quais 22 confirmados para chikungunya e seis para dengue.

De agosto de 2015 até o dia 28 de maio deste ano, 1.982 casos de microcefalia foram notificados e 358 foram confirmados.