Ocorre que pediatras da rede privada têm recomendado a imunização contra a bactéria meningococo B. A vacina é nova no mercado, surgiu no Brasil em abril de 2015, e é vendida a R$ 650 uma dose, sendo necessárias duas doses dentro de dois meses para que tenha eficácia. Ontem, depois de meses de estoques zerados, algumas clínicas particulares do Recife receberam a vacina contra meningococo tipo B.
A relação entre custo e benefício alimenta questionamentos e movimenta grupos na internet. A meningite B é uma doença causada por um tipo de bactéria responsável por uma minoria de casos, mas eles costumam ser sérios e até letais. Entre 20% a 30% dos vitimados morrem, enquanto outros ficam com sequelas como surdez e dificuldades motoras. Cerca de 70% dos casos de meningite no Brasil pertencem ao grupo C, aquela com mais incidência e que tem cobertura de vacina pelo SUS desde 2010. Para a B, não há previsão para chegada no SUS. Mas cabe destacar que não há surto de meningite tipo B.
Então, pergunta-se: até que ponto a vacina é essencial e se deve engrossar a corrida pelas empresas privadas? E, além de vacina, o que se pode fazer para evitar meningites de tipos variados? É o que muitos querem saber ao ler as palavras dos pais que perderam Matheus, vítima de meningite viral, e daqueles que ouviram falar, conhecem ou se colocam no lugar das três crianças de cinco anos de idade da escola de Aldeia, também acometidas pela forma viral da doença.
Fonte: Diario de Pernambuco