Hospitais Santa Joana e Memorial em possível negociações de venda ao Grupo Amil e Rede D’Or

A autorização da entrada de capital estrangeiro no setor de assistência à saúde no Brasil, por meio de uma lei de fevereiro deste ano, vem movimentando o mercado hospitalar, uma vez que é uma boa oportunidade de investimento, de acordo com especialistas do setor. Nesse sentido, o Grupo Fernandes Vieira está em negociação com o Grupo Amil. Segundo especulações de mercado, a ideia é vender os hospitais Santa Joana e o Memorial São José. Outra possibilidade é a venda dessa última unidade à Rede D’Or.

Apesar de as empresas preferirem não comentar o assunto, o diretor da área de fusões e aquisições da Delloite, Carlos Rebelatto, avalia que deve existir uma negociação, mas não admite o fechamento do negócio. “São rumores ainda. Existe uma negociação acontecendo. Acho que ainda não foi fechado”, informa, embora a empresa não esteja envolvida nessa transação.

“Se o negócio já estivesse fechado, provavelmente, as companhias já teriam enviado um comunicado oficial”, afirmou, emendando que o setor de saúde está sendo objeto de negociação em todo o País.

“O segmento está passando por uma fase de consolidação. A permissão de entrada de capital estrangeiro é um grande protagonista dessa movimentação no mercado”, avaliou. Rebellato afirmou, também, que a negociação entre grupos do setor de saúde é uma tendência que veio para ficar e que, em cinco anos, várias empresas hospitalares devem envolver capital estrangeiro. “Isso acontece porque os hospitais brasileiros são fragmentados. Além disso, os hospitais estão sendo espremidos no meio de planos de saúde e laboratórios, que vendem medicamentos em dólar”, comentou.

Ainda de acordo com Rebelatto, o investimento é atrativo, pois o segmento não tem uma gestão profissionalizada. “De forma geral, o setor é pulverizado. Não temos muitos grupos de hospitais que faturem R$ 3 bilhões, por exemplo”. A redução de custo também é um grande incentivador para investimentos em redes hospitalares, segundo o especialista. “No momento em que empresas se unem, o grupo ganha escala na gestão, pois agrupa, por exemplo, setores administrativos, além de reduzir o custo de medicamentos”, afirmou, explicando que com a junção de redes, aumenta a necessidade de mais medicamentos possibilitando a condição de pedir uma redução no preço.

Fonte: Folha de Pernambuco

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