Após meses de tentativas de negociação, médicos obstetras que atuam no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) entregaram, nesta quinta-feira (18), suas cartas de demissão pessoal.
A decisão ocorre depois da assinatura, em 14 de julho, de uma carta de intenção de demissão, documento no qual a categoria já havia alertado para a falta de valorização profissional, da sobrecarga de trabalho, das dificuldades estruturais e da baixa remuneração enfrentadas no serviço. Apesar das tratativas, o resultado das negociações não contemplou o pleito dos obstetras do IMIP, que reivindicam a reajuste de seus salários brutos.
Sem avanços concretos que garantam equiparação salarial, valorização e melhores condições de trabalho, os médicos decidiram oficializar o pedido de desligamento coletivo. Todos cumprirão o prazo legal de 30 dias de aviso prévio, assegurando a continuidade da assistência à população pernambucana enquanto a gestão do serviço toma as medidas necessárias para evitar descontinuidade no atendimento.
Para o Simepe, o movimento dos obstetras representa não apenas a luta por direitos trabalhistas, mas também a defesa da qualidade da assistência prestada à população. A entidade reafirma seu compromisso em apoiar os médicos nesse processo e se coloca à disposição para o diálogo, buscando sempre a construção de soluções que conciliem os direitos da categoria com a manutenção de um atendimento digno e seguro para todos.