O Brasil que nós queremos

O Brasil que os médicos querem é uma Nação que proporcione condição de vida digna, com eficiente política de saúde pública, incluindo desde a prevenção até o acesso ao diagnóstico e tratamento ilimitado para qualquer patologia, em todas as fases da vida. Para resumir, as entidades médicas elencaram alguns itens, mas entre as questões consideradas mais urgentes estão a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS); uma maior participação da União no investimento e no custeio da saúde no País; a qualificação da gestão para a melhoria da infraestrutura do atendimento a pacientes; a criação de políticas de recursos humanos que valorizem médicos brasileiros, estimulando sua migração e fixação em áreas de difícil provimento – como uma carreira de Estado, sob responsabilidade da União, para os que atuam na rede pública.

Outros pontos considerados fundamentais são o fortalecimento de mecanismos efetivos de fiscalização, controle e avaliação dos gastos públicos em saúde; o fim da abertura desenfreada de escolas médicas e da oferta de cursos e programas em condições precárias de funcionamento; e a exigência de uma atuação isenta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) contra os abusos praticados por operadoras de planos de saúde.

Outro problema significativo que compõe o atual contexto da saúde no Brasil é o fechamento de mais de 34,2 mil leitos de internação na rede pública de saúde nos últimos oito anos. Também se destacam as deficiências no controle, prevenção e tratamento do câncer, que já é a principal causa de morte em 516 dos 5.570 municípios brasileiros; e a má qualidade da gestão financeira na saúde pública, que deixou de contar com cerca de R$ 174 bilhões não aplicados pelo Ministério da Saúde entre os anos de 2003 e 2017, segundo dados apurados pela organização Contas Abertas, a pedido do CFM. O Brasil que queremos inclui:

  • Fim da precarização do trabalho médico e condições necessárias ao ético e eficiente exercício profissional;
  • Criação de uma carreira de Estado para os médicos que atuam na rede pública;
  • Implantação de Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos para médicos da rede pública;
  • Ingresso do profissional por aprovação em concurso de provas e títulos no serviço público;
  • Aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) – a ser conduzido pelo CFM, com o apoio de instituições médicas e de ensino – como a única forma de acesso de portadores de diplomas de Medicina obtidos no exterior ao trabalho médico no Brasil;.
  • Recuperação da rede de urgências e emergências;
  • Oferta suficiente de leitos de internação e de Unidades de Terapia Intensiva;
  • Melhoria das unidades básicas de saúde e da Estratégia Saúde da Família;
  • Otimização da rede hospitalar pública de assistência em Psiquiatria;
  • Melhoria no acesso da população a exames clínicos e de imagem;
  • Inclusão de novos métodos, terapias e medicamentos no SUS; e
  • Atualização da Tabela SUS.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sindmed AL)

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