Referência no estado em tratamento de hanseníase desde 2007, a unidade teve festa de aniversário com música da Banda Musical do Corpo de Bombeiros, regida pelo maestro Elias, além da performance do médico Marcelo Viana, cover de Tim Maia, e de uma homenagem aos funcionários.
O hospital foi inaugurado para tratamento de pessoas com alcoolismo. Ao longo dos anos, foi recebendo pacientes com hanseníase. Atualmente, cerca de 30 famílias moram no local. Lá tem campo de futebol, teatro, cinema e barbearia, tudo bancado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Os pacientes que moram aqui vieram logo no início da unidade e geralmente perderam todo o contato com o mundo lá fora. Aqui funciona como uma cidade para eles”, disse a supervisora médica do HM, Miriam Coutinho. “Normalmente, cada paciente passa, em média, 15 dias internado aqui”, completou a diretora-geral da unidade, Keila Figueiredo.
Segundo o clínico geral José Carlos Rosa, é comum que os pacientes sejam segregados da sociedade. E o motivo é a falta de informação. “Antigamente não se sabia a causa da doença e nem como era feito o contágio. Além disso, deixa sequelas para o resto da vida. Então os doentes eram tratados com isolamento”. A hanseníase, chamada antigamente de lepra, é causada por uma bactéria e transmitida através das vias aéreas. A doença tem cura e quanto mais cedo for descoberta, mais rápido o tratamento e maiores as chances de não haver sequelas.
SAIBA MAIS
4.500
atendimentos são feitos por mês no ambulatório do hospital
180
pessoas são internadas por mês
30
famílias moram no local
360
é o número de funcionários
Hanseníase
Contágio
Através das vias aéreas superiores. Espirros e saliva são os principais transmissores
Sintomas
Manchas na pele. As manchas podem ser de qualquer tamanho, cor ou forma. A diferença é que elas causam doenças
Como pode ser descoberta
Através dos exames baciloscopia e biópsia histopatológica
Tratamento
Poliquiomoterapia, fisioterapia, acupuntura etc. Pode ser feito em casa, ou gratuitamente pelo SUS
Sequelas
Mão de gancho, olhos saltados, pés caídos
Fonte: José Carlos Rosa, clínico geral/Diario de Pernmabuco