PE: médicos vão protestar contra planos no dia 21

Dia 21 de setembro será a data de protesto dos médicos brasileiros contra os planos de saúde. Nacionalmente, a categoria quer melhores remunerações por parte dos planos em consultas e intervenções médicas. Em Pernambuco, o movimento será marcado pela suspensão do atendimento, pelos médicos, de até sete planos de saúde com atuação no mercado local.Segundo o presidente da Comissão de Honorários Médicos e diretor do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Mário Fernando Lins, entre os planos que ficarão suspensos neste dia estão o Hap Vida (com suas marcas Santa Clara, Santa Helena e OPS), além de Golden Cross, Real Saúde, Samaritano, América Saúde e, ainda em fase de análise, os planos Ideal Saúde e Viva Saúde.

“Esses dois últimos apresentaram propostas de melhoria de remuneração que estão sendo analisadas. Se a categoria entender que as proposições não são boas, os dois planos também vão entrar”, disse Lins.

O dia 21 de setembro, será de paralisação, de protesto. As urgências e emergências de hospitais, cirurgias que não possam ser adiadas, hemodiálise, tratamento de câncer e transfusões de sangue serão todas tratadas da maneira correta.

“Só os procedimentos que não promovem risco, serão adiados para outros dias. Nossa intenção não é prejudicar o sistema, omitir socorro e nem descredenciamento em massa. Na verdade, queremos que os planos não parem, pois do jeito que está, a cada dia os médicos saem da rede credenciada. Não dá para pagar um consultório, recebendo R$ 20 por consulta”, disse o médico sindicalista.

O sindicato vem investindo bastante para atrair a atenção da classe médica. “Nossa expectativa é a melhor possível. No dia 7 de abril houve paralisação e tivemos quase 100% de adesão. A classe médica se conscientizou de que tem de lutar para não ficar sem direito. Temos campanha publicitária, outdoors, cartazes, fôlderes, spot de rádio”, disse Lins.

No próximo dia 15 haverá assembleia da categoria para definir o que vai acontecer no dia 21. “Vamos definir as regras da mobilização.”

Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), o alvo do movimento serão as operadoras que se recusaram a negociar a revisão dos honorários ou que apresentaram propostas consideradas irrisórias. A paralisação é um desdobramento do ato de 7 de abril, quando houve mobilização nacional dos médicos contra os problemas observados na saúde suplementar.

“O nosso movimento já é vitorioso, pois tem conseguido rearticular as entidades médicas de todo o País em torno do objetivo comum dos médicos. Dentre eles, a nossa relação com os planos de saúde e a busca do atendimento ético aos nossos pacientes”, pontuou o coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar e vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá.

Fonte: Jornal do Commercio

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