Os médicos radiologistas que atuam na prestação de serviços ao IMIP, por meio da organização intermediadora LMULE, reuniram-se em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) nesta quinta-feira (04/12), realizada de forma on-line e conduzida pelo diretor do Simepe, Álvaro Campos. Na ocasião, foram discutidas as atuais condições de trabalho e os impactos decorrentes da ausência de atualização dos valores praticados ao longo dos últimos anos.
A categoria enfrenta aproximadamente cinco anos sem qualquer recomposição, período em que a inflação acumulada se aproxima de 30%. Soma-se a isso o descumprimento do prazo de pagamento originalmente pactuado.
O fluxo anteriormente estabelecido entre os gestores foi construído em um cenário no qual o IMIP realizava seus repasses à LMULE em cerca de 90 dias. Contudo, atualmente o Instituto efetua o pagamento em aproximadamente 10 dias após o fechamento mensal — melhoria operacional que não tem sido refletida na remuneração e no fluxo financeiro dos médicos.
Diante da disparidade crescente entre custos, inflação, prazos praticados e perda do poder aquisitivo, a assembleia deliberou solicitar:
recomposição imediata de 35% nos honorários, a fim de mitigar a defasagem acumulada;
adequação do prazo de repasse, para que os valores correspondentes à competência mensal efetivamente paga pelo IMIP sejam repassados aos médicos em até 5 (cinco) dias úteis contados do respectivo crédito ao prestador, vedado qualquer atraso ou retenção referente àquela mesma competência;
informações detalhadas sobre reajustes ou revisões eventualmente aplicados aos valores dos procedimentos nos últimos anos, assegurando maior transparência na relação.
O Simepe acompanhará atentamente as tratativas, reafirmando seu compromisso institucional com a defesa de condições dignas de trabalho, valorização profissional e transparência nos fluxos que impactam diretamente o exercício da medicina, sempre na perspectiva de proteção dos postos de trabalho e da qualidade da assistência.
É voz. É direito. É presença. É sindicato.
