Reforço na vacina contra o vírus H1N1

Depois de registradas 153 mortes na região Sul do País, a primeira morte do vírus H1N1 atinge Pernambuco: Bernadete Avelino da Silva, 42 anos, foi vítima do vírus na última terça-feira (31), mas o anúncio do óbito pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) só aconteceu no dia 1º de junho. Apesar do caso, não haverá um reforço da vacina no Estado, já que, de acordo com a SES, a imunização realizada entre 5 e 25 de maio deste ano atingiu 87% do público alvo esperado. Como a saúde pública do Estado só garante a vacina às pessoas enquadradas no grupo de risco, muitos têm procurado laboratórios privados para buscar a imunização contra o H1N1.

A clínica de vacinas Vaccine, que possui seis unidades em Pernambuco, está com o estoque no limite, já que a procura tem aumentado depois do anúncio da primeira morte no Estado. “Mais de dez pessoas por dia tem procurado a vacina, em todas as unidades. Não sabemos se o estoque dura até o fim do mês”, afirmou uma atendente do laboratório, que preferiu não se identificar. A vacina custa R$ 60.

Na Clínica Angelina Maia, que fica no bairro das Graças, o medicamento já acabou há cerca de uma semana. De acordo com a enfermeira do local, Mary Virginia, os quatro laboratórios que fornecem a vacina – GSK, Novarts, Abbott e Sanofi – estão com o estoque zerado. “Todos os dias recebemos ligações, perguntando se aplicamos a vacina”, destaca.

 

Em tempos de falta de vacina, resta a prevenção, através de medidas simples, para evitar o contágio. A pediatra Ana Líria Pimentel ensina algumas dicas para prevenir a doença. “É necessário sempre lavar as mãos. O uso do álcool-gel não substitui a lavagem com água e sabão”, desmistifica a médica. “O vírus H1N1 se manifesta no inverno e em aglomerações. Também é preciso evitar ambientes fechados, principalmente quando a atividade for com crianças”, complementa.

A pneumologista infantil Edjane Buriti também concorda com a profissional. “Nessa época, não ficar gripado é indispensável e também não se expor a multidões. Usar toalha de papel também é essencial para evitar a contaminação”, complementa.

PERNAMBUCO – Ainda não se sabe qual fator motivou a morte de Bernadete Avelino da Silva. Ela não se incluia no grupo de risco – composto por idosos acima de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes, indígenas, profissionais de saúde e pessoas com alguma deficiência imunológica. Para a pneumologista infantil Edjane Buriti, a vítima poderia ter adquirido alguma imunodeficiência temporária, que facilitou a entrada do vírus. “Não podemos descartar a possibilidade de alguma imunodeficiência, o caso precisa ser investigado”, analisa.

Fonte: Jornal do Commercio

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