SÃO CARLOS (Folhapress) – pós a Justiça recuar e liberar entrega de uma substância ue supostamente trata vários ipos de câncer, o Instituto de química da USP (Universidade e São Paulo) em São Carlos irou destino de uma “romaria”. A corrida de pacientes começou depois que o desembargador José Renato Naini, presidente do TJ (Tribunal e Justiça), reconsiderou, na última sexta-feira, o pedido de suspensão de entrega da substância fosfoetanolamina. A decisão do TJ baseou-se m liminar do STF (Supremo tribunal Federal) que liberou a entrega das cápsulas de fosoetanolamina a um paciente. Segundo estimativa de advogados e familiares de outros pacientes com câncer, há mais de mil ações do gênero. Com isso, os últimos dois dias, filas se tornaram na universidade em busca da droga. Na terça-feira, o entanto, as pessoas foram informadas que a substância não seria entregue por não haver estoque e que os mandados judiciais deveriam ser protocolados na Procuradoria Geral da USP. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Oncolgia Clínica, Evanius Wiermann, o caso pode se resumido como “loucura”. “Os pacientes estão sendo feitos de cobaia sem garantia de segurança ou de eficácia” – a droga não foi testada em humanos nem foi liberada pela Anvisa. Para Wiermann, um dos problemas é o que pode ser chamado de “viés de seleção” – só os casos de sucesso aparecem, aumentando a fama da droga. Os possíveis efeitos colaterais jamais são reportados. Ontem, em uma reunião com cerca de 15 pessoas, foi avisado que só haverá novas entregas na próxima semana, atendendo decisões judiciais referentes a setembro. Com oito clientes de Estados como Rio Grande do Sul e Bahia, a advogada Cárita Almeida disse entender a dificuldade de fabricação, mas afirmou que as liminares devem ser cumpridas. “Os pacientes precisam das cápsulas como alternativa de tratamento. O professor aposentado da USP Gilberto Chierice, que coordenou pesquisa, disse que a substância pode curar o câncer, o que impulsionou os pedidos à Justiça. Ele também disse que a droga não chegou ao mercado devido à “má vontade” das autoridades.
Fontes: Folha de Pernambuco