Secretaria de Saúde esclarece o motivo da proibição de partos em Fernando de Noronha

Jamylla Silva teve uma filha, Ana Eloísa, em casa. A menina foi a primeira criança a nascer na ilha em 12 anos

No sábado (19), a camareira Jamylla Gomes Ribeiro da Silva, de 22 anos, teve uma filha em casa, a primeira criança a nascer em Fernando de Noronha em 12 anos. Jamylla não sabia que estava grávida e não realizou pré-natal. Nesta terça-feira (22), a Secretaria de Saúde divulgou nota esclarecendo os motivos da proibição de nascimentos na ilha.

Nota de esclarecimento/Fernando de Noronha:

“É importante ressaltar que a população residente no Arquipélago de Fernando de Noronha é estimada em cerca de 5 mil pessoas, sendo metade desse grupo formada por trabalhadores temporários. Para garantir assistência a esse contingente, a Ilha conta com o Hospital São Lucas, que presta atendimento de urgência e emergência aos casos graves, que são estabilizados em uma estrutura semi-intensiva e, quando há necessidade de um atendimento mais especializado, o paciente é transferido para o continente (se necessário, inclusive em UTI aérea).

O serviço ainda conta com consultas especializadas no ambulatório. Além disso, o Posto de Saúde da Família do Arquipélago conta com uma equipe completa, formada por médicos, dentista, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de Saúde. Hoje, a unidade conta com uma cobertura de 100% da população residente.

Nesse serviço, as gestantes são acompanhadas durante todo o pré-natal, com realização de todos os exames necessários. No sétimo mês de gestação, a paciente é encaminhada para o continente, onde é acompanhada por uma unidade de referência em obstetrícia, recebendo todo o acompanhamento e assistência necessária. Na capital, a gestante conta ainda com a retaguarda de toda a rede de saúde de Pernambuco, pronta para qualquer tipo de intercorrência. A ida da gestante para o continente, a estada no Recife e a volta à Noronha são arcadas pelo Governo de Pernambuco.

É importante destacar que a não realização de partos em Noronha é uma orientação estabelecida com o único objetivo de garantir assistência qualificada às gestantes por ocasião do trabalho de parto, já que existe uma grande dificuldade de manter equipes completas na Ilha, assim como a estrutura necessária para realização de partos. Importante lembrar que para esse tipo de procedimento é necessário toda a linha de cuidado, incluindo a retaguarda de uma UTI. A média de mulheres grávidas em Fernando de Noronha é de apenas 40 por ano”, finaliza a nota.

Fonte: G1

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