Sopepe promove Encontro com Especialista sobre o novo protocolo de morte encefálica em pediatria

Evento será no dia 19 de maio, das 9h às 11h, no Auditório Alice Figueira e deve reunir cerca de 50 médicos e estudantes

Em dezembro de 2017, o Conselho Federal de Medicina divulgou uma atualização nos critérios de diagnóstico de morte encefálica em pediatria. Entre as principais mudanças, agora, além do neurologista, também estão habilitados a diagnosticar a morte encefálica intensivistas pediátricos, neurocirurgiões e médicos de emergência. Na quinta-feira 19 de maio, a Sociedade de Pediatria de Pernambuco (Sopepe) promove nova edição do seu projeto Encontro com Especialista, reunindo médicos, das 9h às 11h, no Auditório Alice Figueira, no Imip, para debater o novo protocolo e suas aplicações no Estado.

As novas regras tornaram mais ágil e seguro o processo, o que, indiretamente, pode ajudar na captação de transplantes. A declaração da morte encefálica é o primeiro passo para uma série de medidas que transformam o paciente em doador. Em Pernambuco, apenas 13 das 188 doações realizadas em 2017 foram destinadas a crianças.

Para o presidente da Sopepe, Eduardo Jorge Fonseca, o grande trunfo da atualização dos critérios de morte encefálica é tornar o processo mais seguro para médicos e familiares. “Com o protocolo, fica mais fácil fornecer informações seguras aos familiares e estabelecer o plano terapêutico. Além disso, pode-se otimizar a ocupação de leitos em UTIs e ainda oferecer a opção de doar os órgãos do paciente à família, salvando assim, outras vidas”, destaca o pediatra.

De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CET/PE), Noemy Gomes, as alterações no protocolo vão garantir aos familiares o direito ao diagnóstico, já que não será apenas o neurologista o médico habilitado a fazer a análise. Até o ano passado, era obrigatória a presença deste especialista para declarar a morte encefálica. Intensivistas pediátricos, neurocirurgiões e médicos de emergência estão autorizados, a partir de agora, a fazer a diagnose.

“Havia um entrave porque temos muitos hospitais que não possuem especialidade em neurologia, então o paciente tinha que ser transferido para outro hospital ou ficava sem diagnóstico. Neste caso, esperava-se o coração parar para declarar morte cardíaca. Isso obrigava ainda a continuidade da terapia, mesmo que a criança já estivesse com morte encefálica. Agora, mesmo num hospital sem neuropediatra, o paciente, neste caso, os familiares da criança, terão direito ao diagnóstico correto

Fonte: Assessoria de Comunicação da Sociedade de Pediatria de Pernambuco (Sopepe)

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