Entidades médicas discutem no MPPE os problemas nas Maternidades de Alto Risco na Rede Estadual de Saúde

Fotos: Martina Arraes

Na tarde da sexta-feira passada, 27/09, foi realizada uma audiência no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) coordenada pelas promotoras da Saúde Helena Capela e Eleonora Marise, com as entidades médicas de Pernambuco ( Simepe e Cremepe), representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES), do Instituto Materno Infantil Fernando Figueira (IMIP), da Maternidade do Hospital Agamenon Magalhães ( HAM), além de médicos plantonistas do HAM.

As Promotoras acolheram as demandas das entidades médicas e, e deliberaram pela ajuntada dos procedimentos abertos uma vez que versam sobre a Assistência em Maternidades de Alto Risco da Rede Estadual de Saúde. Entre elas estão as Maternidades do Agamenon Magalhães, Barão de Lucena, IMIP, Cisam, João Murilo. Durante a audiência foram pontuados problemas relacionados ao aumentando da superlotação existente, em destaque o HAM chegou a 380% de lotação em virtude da restrição de leitos de neonatologia de Alto Risco, em consequência do déficit de recursos humanos e de reformas de infraestrutura pendentes.

As entidades médicas enfatizam a preocupação com a assistência ao parto de alto risco, alguns casos mais complexos e além da necessidade de equipamentos em UTI e profissionais capacitados para tratarem tais casos . Todo este problema exige quadro de profissionais qualificados e em número suficiente para trabalharem nesses locais.

Ficou claro a necessidade de deliberações quanto ao provimento dos profissionais, através de concurso público para melhorar a rede materno infantil; o chamamento imediato do cadastro reserva; em excepcionalidade chamamento da seleção simplificada; otimização do perfil e a capacidade de cada serviço, com objetivo de maior resolutividade.

Além de ambientes de trabalho e salários atrativos para os profissionais de neonatologia; abertura dos leitos de neonatologia e obstetrícia de alto risco; abertura urgente do hospital da Mulher do Agreste para desafogar as unidades que hoje se encontram superlotadas; implementação de melhorias em todos os serviços; implantação do serviço de ultrason para a medicina fetal agilizar seus diagnósticos.

Seguiremos atentos acompanhado as ações em defesa dos médicos e médicas da rede materno infantil de Pernambuco. E mantendo a agenda estabelecida para a próxima semana.

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