Sem respostas, médicos de Jaboatão deliberam por paralisação em julho

Médicos servidores da rede municipal de Jaboatão dos Guararapes seguem aguardando um posicionamento concreto da secretaria de Saúde sobre a pauta de melhorias apresentada pelos profissionais. A categoria reivindica intervenções urgentes e necessárias, que não vem sendo atendidas, gerando sobrecarga de trabalho e dificuldades para a promoção de uma saúde de qualidade para a população. Os servidores do município voltaram a se reunir em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), nesta sexta-feira (08/06), na sede do Simepe, sob coordenação da diretora executiva Malu David. 

Durante o encontro, os médicos ratificaram suas insatisfações com as condições precárias de atendimento; a defasagem crescente nos salários; com a insegurança constante nas unidades de saúde; bem como a falta de exames laboratoriais. A situação mais grave diz respeito ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Jaboatão dos Guararapes, que funciona sem as condições adequadas para o trabalho médico. No local existe uma piscina a céu aberto, completamente suja. Além disso, a unidade não tem ambulâncias, nem medicamentos básicos para serem usados em situações extremas de risco à vida que ocorrem cotidianamente, como na necessidade de uma ressuscitação cardíaca. Como se não bastasse esse cenário, para piorar, as equipes profissionais ainda precisam conviver com a presença de ratos, baratas, muriçocas e mosquitos.

Depois de reuniões e promessas, por parte da secretaria municipal de saúde, nenhuma proposta efetiva foi apresentada aos médicos nem ao Sindicato dos Médicos (Simepe).Diante disso, na AGE, a categoria deliberou por uma paralisação de advertência de 24h. A mobilização ocorrerá no dia 18 de julho, em todos os serviços eletivos do município. Os profissionais aguardam, até lá, um posicionamento firme e concreto da gestão pública sobre as medidas para as necessidades expostas pela categoria.

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